Assim como a impressão digital, cada indivíduo possui um perfil único de microbiota intestinal, composto por fungos e bactérias que desempenham muitas funções no organismo do hospedeiro, como metabolização de nutrientes e a manutenção de uma barreira intestinal saudável, fundamental para um sistema imunitário forte. Além disso, uma microbiota saudável protege o corpo contra patógenos (microrganismos causadores de doenças).
A microbiota é formada desde o início da vida, uma vez que logo a partir do nascimento a sua composição já é influenciada a depender do tipo de parto, métodos de alimentação, período de desmame, além de fatores externos, como a necessidade do uso de antibióticos na primeira infância.

Esta microbiota pessoal permanece relativamente estável na idade adulta, mas difere entre os indivíduos devido a alguns fatores, como índice de massa corporal (IMC), frequência de exercício, estilo de vida e hábitos alimentares. Consequentemente, não existe uma definição do que é uma microbiota ótima, entretanto, o que é certo é que uma microbiota equilibrada é fundamental para o corpo realizar funções metabólicas e imunológicas de forma otimizada e prevenir o desenvolvimento de doenças, uma vez que a disbiose intestinal, ou seja, o desequilíbrio desta microbiota, está associada não apenas a distúrbios intestinais, mas também a diversas doenças, como distúrbios metabólicos e até neurológicos.
Neste artigo, vamos falar como manter uma microbiota saudável e a sua relação com o excesso de peso. Siga a leitura!
Prébióticos e as funções da microbiota intestinal

Muitos dos nutrientes ingeridos escapam à digestão, tendo a flora intestinal um papel fundamental na metabolização dos mesmos.
Prébióticos são substâncias metabolizadas por microrganismos no intestino que favorecem a multiplicação das “bactérias boas”. Os FOS (frutooligossacarídeos), GOS (galactooligossacarídeos), inulina e lactulose, são alguns dos prébióticos presentes nos alimentos.
Fibras e amidos resistentes, fazem parte dos prebióticos. Não são substâncias digeridas, entretanto, são fermentadas no intestino grosso e formam ácidos orgânicos que, segundo estudos científicos, podem ajudar a regular o apetite, a manter a homeostase da glicose e a proteger a barreira intestinal.

O butirato, por exemplo, é uma substância originada a partir da fermentação pelas bactérias intestinais que contribui para as necessidades metabólicas da mucosa, além de ser é a principal fonte de energia para os colonócitos (células do intestino grosso).
Para obter o benefício dos prébióticos, estes devem estar presentes na alimentação de forma frequente. Alimentos, como alho, cebola, banana, aveia, maçã, semente de linhaça e batata-doce, são exemplos de alimentos com prébióticos e que favorecem a microbiota intestinal. Portanto, fica fácil perceber porque ouve tantas vezes que uma alimentação saudável deve conter frutas e legumes, certo?
Adicionalmente, além de metabolizar os prébióticos, como também produzem e liberam enzimas, a microbiota intestinal ajuda a digerir alimentos que nem o estômago, nem o intestino delgado foram capazes de digerir, como as proteínas, que também sofrem ação das proteases produzidas pela flora intestinal. E como se não bastasse, a microbiota também atua na produção das vitaminas K e algumas do complexo B. Ou seja, ter uma microbiota equilibrada é fundamental para a saúde!
Probióticos

Com o nome semelhante, os probióticos diferem dos prébióticos. Estes são os próprios microrganismos vivos, capazes de incentivar o equilíbrio da microbiota intestinal, uma vez que promove crescimento e regulação da microbiota, exerce efeito imunomodulador e melhora a absorção de nutrientes.
Alguns alimentos contém microrganismos vivos que ajudam a colonizar os intestinos de forma saudável. Confira alguns exemplos:

Além dos alimentos, os probióticos também podem ser consumidos na forma de suplementos em cápsulas, líquidos ou saquetas, de acordo com a prescrição do nutricionista.
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A microbiota e os hábitos de vida

Alguns hábitos e rotinas influenciam diretamente no equilíbrio da flora intestinal. O consumo frequente de substâncias, como álcool e o tabaco, uso frequente de antibióticos e consumo excessivo de alimentos açucarados, são fatores que promovem o desequilíbrio da flora intestinal.
Estes fatores, quando estimulados constantemente, favorecem um aumento da permeabilidade intestinal, o que compromete a imunidade e a absorção de nutrientes e potencia a carência de vitaminas e muitos quadros inflamatórios.
Conheça alguns sintomas comuns da disbiose:
Sensibilidade alimentar

Além disso, outros estudos investigam como a microbiota intestinal contribui para a regulação da saciedade e apetite, uma vez que a presença de bactérias saudáveis e de substâncias derivadas dos processos metabólicos executados por estas bactérias estão mais presentes em indivíduos magros.
Ainda há muito caminho para percorrer, mas não restam dúvidas que melhorar o perfil alimentar é fundamental tanto para o emagrecimento quanto para a manutenção de uma flora intestinal saudável. Confira as dicas abaixo:
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