Mindfulness para emagrecer? Sim, é verdade!

Fibra Alimentar – A sua importância e como incluir na sua alimentação

Janeiro 7, 2021

Já alguma vez olhou realmente para a palavra emagrecimento com “olhos de ver”? A verdade é que decompondo o termo (emagrecer + -i- + -mento) percebemos que o primeiro fragmento “emagrecer” aponta para o ato de tornar-se magro, mas o segundo “mento” remete para o processo em si. Ou seja, emagrecimento é um ato que implica continuidade, uma adaptação e uma mentalização desse mesmo desejo. No fundo, é isso mesmo que se passa na realidade, pois sabemos que perder peso de forma eficaz não pode – nem deve – ser algo radical, mas sim um processo que envolve a consciência e a consolidação de mudanças de hábitos. E, como em qualquer outro aspeto importante da nossa vida, um processo de mudança exige empenho, superação de desafios e capacidade de se adaptar às mudançasa chamada resiliência!

Um emagrecimento consciente e duradouro necessita, pois, de englobar a educação e treino para a mudança do nosso comportamento com a comida, adotando relações com os alimentos mais equilibradas e humanizadas – não devemos comer para superar carências afetivas, por exemplo.

Mudar o pensamento para emagrecer

O mindfulness, como filosofia cujos princípios permitem recentrar o foco através de uma melhor gestão dos nossos recursos internos, pode ter um papel fundamental nessa mudança de pensamento para emagrecer.

Esta é uma técnica assenta na atenção profunda na respiração, sendo precisamente através desta atenção que se consegue uma maior concentração no momento. A partir daqui, evolui para o foco em pensamentos, sentimentos e sensações associados ao presente, sem julgamentos.

Dessa forma, e ao trabalhar a consciência metacognitiva – capacidade do indivíduo de monitorizar e autorregular os próprios processos cognitivos - o mindfulness permite alcançar um conjunto de estratégias que possibilitam um maior equilíbrio físico e emocional, desenvolvendo-se uma maior capacidade de aceitação e gestão das emoções, o que por sua vez se vai traduzir num comportamento mais assertivo e equilibrado, ao contrário de uma atitude reativa e desadequada.

Todas estas ferramentas e capacidades que o mindfulness traz são extremamente valiosas e necessárias para ajudar na trajetória da mudança do comportamento perante os alimentos e a comida, que sabemos nem sempre é retilínea ou sem percalços.

Questione sempre a sua fome

“Será que estou a comer porque estou realmente com fome?” Esta é a pergunta que deve colocar a si mesmo – e refletir sobre ela – quando estiver naqueles momentos de maior stress ou ansiedade, pois é precisamente nestas alturas que ingerimos mais calorias do que as necessárias e comprometemos o processo de emagrecimento!

Não sei se já ouviu falar, mas o nosso cérebro, quando estamos mais ansiosos ou depressivos é perito em reativar de forma automática a associação de prazer e felicidade ao ato de comer. Não admira por isso que seja precisamente nesses momento que geralmente estamos mais propensos a ingerir alimentos com mais calorias.

Contudo, se tiver um episódio de compulsão alimentar não se deve punir por isso, pois além de não vai resolver nada – o ato já foi cometido - pode mesmo torná-lo mais vulnerável para um novo evento compulsivo. Deve, sim, aproveitar para fazer uma análise ao seu pensamento, de forma a compreender as razões que levaram a esse mesmo episódio de compulsão. O importante é que consiga retirar lições do ocorrido e estar consciente para que não haja recaídas.

Além disso, é importante que comece a dar um novo significado às fontes de prazer do organismo, pois a alimentação é a única fonte. Na realidade, conversar com amigos, fazer ioga, tai-chi, praticar meditação, ouvir música, pintar, entre outras, são atividades que podem originar novas conexões cerebrais ligadas ao prazer, libertando para o organismo todas as hormonas que regulam o bem-estar e o humor e desta forma, mudar o nosso estado mental!

Alguns exemplos da aplicação do mindfulness no objetivo de emagrecer

  • Não utilize o telemóvel quando estiver à mesa. Concentre-se apenas na sua refeição. Sente-se numa cadeira que seja confortável
  • Antes de comer respire fundo e observe atentamente os alimentos que está prestes a ingerir. Aprecie a refeição com calma. Preste atenção ao cheiro, sabor e temperatura da comida e experimente mesmo fechar os olhos em algumas garfadas para acentuar os sentidos
  • Observe o que sente: conforto, alegria, satisfação e não julgue os nutrientes e calorias – não é a altura certa para o fazer
  • No final da refeição, tente qualificar de 1 a 10 o seu grau de fome e de saciedade

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